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As confusões por trás da Lily Robotics

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No que depender das tramoias e confusões protagonizadas pelos criadores da Lily Robotics, Antoine Balaresque e Henry Bradlow, a novela que se iniciou esta semana com o anúncio do fim da empresa está longe de um final. Isso porque no mesmo dia em que eles anunciaram a decisão de desligar os motores da empresa, um procurador do distrito de San Francisco abriu um processo acusando a empresa de publicidade e práticas comerciais enganosas.

Só que segundo a dupla idealizadora do Lily, tudo não passou de uma simples coincidência. Sim, nós sabemos como são essas coisas.

Mas comecemos do princípio.

Para começar, ao que tudo indica aquele anúncio de que todo mundo que comprou o drone em pré-venda vai ser reembolsado pode virar lenda. Isso porque apesar de terem dito na campanha do Kickstarter que o dinheiro arrecadado não seria utilizado para administrar a empresa, o que aconteceu de fato foi que usaram este dinheiro como garantia para fazer um empréstimo bancário milionário, e pelo que eu entendo de bancos, no momento a bufunfa deve estar meio que intocável.

Mas essa é só a parte da confusão, ainda tem as tramóias. Parece que pelas leis americanas o dinheiro dos compradores teria que ter sido devolvido já quando a data inicial de envio não foi cumprida, então quando ela foi postergada pela primeira vez eles já estavam enrolados. Mas segura que tem mais.

Outra coisa que tá pegando no processo é que eles entenderam que o vídeo promocional do drone foi feito com o propósito de enganar potenciais compradores, visto que foram usados equipamentos da concorrência em sua produção. Consta no processo:

26. Na verdade, nenhuma imagem do vídeo promocional foi feita pelo Lily. E o mais notável, as imagem de ponto de vista do drone foram filmadas utilizando um drone profissional chamado DJI Inspire 1…

E continua.

…na ocasião da filmagem do vídeo promocional, a Lily Robotics não tinha um único protótipo de drone com todas as características anunciadas em vídeo. Alguns tinham boa aparência mas não funcionavam, outros com algumas funcionalidades mas não pareciam com o produto sendo anunciado. Alguns eram capazes de filmar mas mesmo estes eram apenas protótipos com uma GoPRO embarcada…

Em uma troca de e-mail de 2015 os fundadores da companhia conversavam:

Para as tomadas com ponto de vista do drone iremos utilizar uma GoPro montada em um protótipo do Lily. Porém, não nos sentimos confortáveis em dizer às pessoas que filmamos estas cenas com uma GoPro (porque toda a tese de nosso produto se baseia no fato de que você não precisa de uma GoPro). Você pode modificar a imagem em pós-produção para que as pessoas não percebam que foram feitas com uma GoPro?

Aqui está a ordem de restrição e documentos de queixa obtidos pelo The Register, seu artigo e os documentos do tribunal para quem quiser ler um pouco mais sobre o assunto.

https://regmedia.co.uk/2017/01/13/lily_complaint.pdf

https://regmedia.co.uk/2017/01/13/lily_restraining_order.pdf

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