A Runcam lançou recentemente a nova geração da sua linha de câmeras FPV com DVR HD, a Runcam Split 3 nas versões Micro, Nano e Nano Whoop.
E vejam que eu falei “recentemente”, pois é pra dar uma valorizada. Na real já faz um tempinho que lançaram mas até a informação chegar em mim, eu fazer o pedido, o produto chegar e eu fazer os testes leva um tempinho.
— Com certeza eu preciso de um auxiliar. E rápido
Mas chega de papo e vamos ao que interessa. Eu instalei ela em um dos meus drones favoritos, o Crucifixo, drone em configuração de + ao invés de X e com hélices de 7″. E o vídeo você pode conferir aqui em baixo.
Quero inclusive pedir desculpas pelo treme treme mas eu não cheguei a fazer alterações na configuração do quad, apenas tirei a antiga Runcam Micro Swift que aliás não era uma das minhas preferidas, coloquei as hélices que ganhei do Rafael Paiva – e que se me permitem me gabar são as mesmas usadas pelos drones da DRL – e fui fazer os vôos.
E esse meu desleixo acabou evidenciando uma boa notícia pois apesar da evidente instabilidade do drone a imagem não apresentou nenhum tipo de “wobble”, aquelas ondinhas que câmeras CMOS costumam gerar por conta da vibração e achei isso ótimo já que eu não sou um grande apaixonado por configurar PIDS e filtros.
Concorrência grande
Mas a Linha Runcam Split – como vocês já devem saber – foi pioneira no segmento de câmeras split, que são aquelas capazes tanto de transmitir a imagem analógica pro link de FPV do piloto em tempo real quanto de gravar a imagem em qualidade HD em um módulo separado que fica na stack do drone junto com as demais placas.
Depois dela vieram outras como a Caddx Turtle, a Foxeer Mix e mais recentemente as versões UHD delas capazes de filmar em 4K como a Caddx Tarsier, a HawkEye FireFly 4K e a RunCam Hybrid 4K.
Runcam Split Mini vira Runcam Split Micro
E a primeira mudança que podemos ver é com relação à nomenclatura. Até a versão 2 a Runcam Split Micro se chamava ela de Split Mini, já que tinha também a Split 2 de tamanho normal. Agora a Mini se chama Micro, não tem mais a versão maior, mas passou a ter a versão menor, batizada de Nano. Ambas utilizam a mesma placa principal, de modo que boa parte das características técnicas delas são compartilhadas, a diferença fica por conta do tamanho da câmera que segue o padrão 19x19mm na versão Micro e 14x14mm na versão nano.
Tem também uma outra versão delas chamada Split 3 Nano Whoop que possui a furação da placa compatível com o padrão dos pequenos tineys mas nesse momento não tenho maiores informações sobre ela.
Outra grande mudança bem aparente está no cabo que une a câmera ao módulo. Nas gerações anteriores a Split utilizava outros tipos de cabo, primeiro uma fita e depois esse outro cabinho que já aparentava ser um pouco mais resistente mas que não era muito flexível, dando a impressão de que podia quebrar.
Eu devo admitir no entanto que sou usuário das câmeras Split desde a versão 1 e nunca tive problemas com o cabo delas, mas o fato é que agora ela vem com esse novo tipo de cabo e posso dizer que ele transmite muito mais confiança, tanto que durante o manuseio da montagem não fiquei com aquela sensação constante de que de tanto virar pra um lado e pra outro eu iria acabar quebrando ela antes de terminar.
Além do cabo a Runcam informa também que aprimorou o sistema de filtros contra interferências causadas pela corrente elétrica da alimentação. Aliás o que eu acho engraçado nisso é que essas empresas não falam desses problemas até lançarem uma nova versão resolvendo eles. É um dos grandes ensinamentos do capitalismo.
Apesar de eu não dispor de uma Split 3 Nano, diversos canais já falaram que a única diferença entre ela e a Micro resulta da diferença do tamanho da câmera. Não sei dizer se apenas o tamanho da lente muda ou se elas utilizam sensores de tamanhos diferentes também.
E essas parecem ter sido as grandes mudanças dessa nova geração pois confesso que não notei grandes diferenças na imagem em relação à Split 2, então na hora de escolher qual comprar meu conselho é o seguinte: Se você já tem uma e está satisfeito não tem porque fazer o upgrade já que na prática não vai haver um ganho perceptível.
Mas se você está tendo problemas com o cabinho que conecta a câmera à placa, tem problemas de interferência ou simplesmente ainda não tem uma e pretende comprar, faz muito sentido optar pela nova versão já que ela é sem dúvidas melhor que a anterior.
Sobre a qualidade da imagem analógica transmitida em tempo real eu posso dizer que gostei bastante e sinceramente não notei diferença em relação à split 2. As imagens analógicas exibidas no vídeo foram gravadas com o DVR do Eachine EV200D que não é nenhum santo milagreiro, mas que nessa altura do campeonato nem precisa ser já que essas imagens de DVR acabam servindo mais pra uso do próprio piloto mesmo como por exemplo quando o drone cai no meio do mato, e aí é só assistir a gravação pra estimar o local de queda e iniciar as buscas.