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As 10 marcas de drone mais populares de 2019

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Vai longe o tempo em que ao falar em drone o único nome que vinha à nossa mente era a DJI. Hoje são inúmeras as marcas que oferecem drones tão bons quanto ou até melhores que os da gigante chinesa. E é pra mostrar como está esse panorama e já indo direto pro que interessa que eu resolvi escrever este artigo com a lista dos 10 fabricantes de drones mais populares de 2019, segundo dados de registro da FAA/EUA.

Se prefere assistir ao invés de ler é só dar um play aí em cima 🙂

1. DJI 76,8%

Que dúvida, DJI em primeiro lugar com nada menos que 76,8% de todo o mercado norte americano. Desde que foi criada, o DJI emergiu como um dos principais fabricantes de drones de consumo. A empresa fabrica uma variedade de produtos, incluindo veículos aéreos não tripulados, plataformas voadoras, controladoras de vôo, câmeras, gimbals e até robôs, e entre os modelos de maior sucesso da DJI estão as linhas Phantom, Mavic e Inspire.

DJI Mavic 2 Pro

Os últimos lançamentos da empresa foram o Mavic 2 em 2018 o Mavic Mini em 2019. Recentemente ela também voltou a vender o Phantom 4 Pro V2, uma atualização do Phantom 4 que foi lançado em março de 2016 mas que oferece recursos de fazer inveja a muitos modelos bem mais recentes.

2. Intel 3,7%

Em segundo lugar na nossa lista está a Intel, com uma participação de mercado de 3,7%. Olha a distância que existe entre o primeiro e o segundo colocado. E fica mais impressionante ainda se a gente parar pra pensar que a Intel só está em segundo lugar por causa dos seus drones Shooting Star que são usados em grandes espetáculos e não voam sozinhos.

Intel Shooting Star

Eles voam como se fossem enxames de moscas, junto com outras centenas ou até mesmo milhares de outros Shooting Stars, transformando o céu em um grande monitor de TV. Pra vocês terem uma ideia, em 2018 a Intel completou 50 anos, e pra comemorar a data eles decolaram com nada menos do que 2018 drones, um pra cada ano desde o nascimento de Cristo, e formaram o logo da empresa no céu.

Intel Falcon

Eles fabricam também o drone Falcon, mais direcionado pra clientes corporativos, mas é pouca coisa. Pra fins estatísticos o que conta aqui é o shooting star mesmo.

3. Yuneec 3,1%

Em terceiro lugar em número de registros, com 3,1% do total, vemos outra velha conhecida dos droneiros, a Yuneec.

E pra quem não sabe, a Yuneec, que assim como a DJI também é uma empresa chinesa, é líder mundial em aviação elétrica.

Yuneec Typhoon Q500

Algumas publicações dizem que em 2014 a Yuneec lançou o primeiro drone pronto para voar do mundo, o Typhoon Q500, e que tornou a empresa e seus produtos muito populares entre profissionais e entusiastas. Na verdade a gente sabe que o Phantom 1 foi o primeiro drone RTF do mercado e que foi lançado 1 ano antes, em Janeiro de 2013. Só que o Phantom 1 não tinha câmera. A câmera só apareceu em outubro de 2013 com o lançamento do Phantom 2 Vision, e só ganhou o gimbal 2 meses depois com o Phantom 2 Vision Plus.

E o Typhoon Q500, que foi lançado logo depois além de ter câmera e gimbal, fazia uma coisa que o Phantom não fazia, que era gravar em Full HD a 60 frames. Se a gente for parar pra pensar que só recentemente as empresas voltaram a tentar bater de frente com a DJI, então o Q500 foi um lançamento e tanto pra época.

Mas se o Q500 era tão bom assim, porque as vendas não decolaram?

Por causa de um detalhe pequeno. No início de 2015 a DJI lançou o Phantom 3, e aí meu filho, não preciso nem explicar mais nada porque vocês devem se lembrar como é que foi. A DJI largou o Phantom 3 no mercado e o mercado parecia aqueles peixes de criadouro quando o cuidador joga ração na água.

4. Parrot 2,2%

Em 4o lugar com 2,2% está outro nome conhecido, a Parrot, que ficou conhecida principalmente por causa das linhas de drones Ar.Drone e Bebop. O AR.Drone foi originalmente apresentado na CES de 2010 e vinha com 2 tipos de carenagem, uma em plástico pra uso outdoor e outra em EPP com proteção pras hélices pra uso indoor.

Parrot Ar Drone

Depois em 2012 foi lançada a versão 2.0 do AR.Drone com câmera de 720p, barômetro, acelerômetro e magnetômetro, e em 2013 foi lançado um upgrade que adicionava GPS e outras funcionalidades pra ele.

Já em 2014 a Parrot lançou o Bebop, que já era um drone bem mais avançado, e junto com ele um controle muito louco que parecia um manche de avição. O Sky Controler.

E apesar de não ter sido um furacão de vendas, o sucesso do Bebop foi o suficiente pra que em 2015 a Parrot lançasse o Bebop 2, que trazia uma câmera melhor com 14Mega Pixels e conseguia entregar um pouco mais dos 2Km de alcance prometidos desde a primeira versão.

Ai depois disso a Parrot meio que perdeu o rumo e passou um bom tempo lançando uns brinquedinhos meio estranhos, enquanto crescia pro lado das universidades com o drone Mambo, que aliás foi o principal motivo pra DJI lançar o Tello.

Parrot Anafi

E por último em 2018 apresentou o Parrot Anafi que é um drone fantástico com câmera 4K de 21Mega Pixels que eu já tive o prazer de testar e compraria um sem pensar duas vezes, se tivesse grana pra isso.

5. Gopro 1,8%

Em quinto lugar com 1,8% do total vem a GoPro com seu falecido drone, o Karma. E aqui é importante lembrar que essa lista é baseada nos dados de registros de drones da FAA em 2019, e o Karma foi lançado em fevereiro de 2017 e vendido até Janeiro de 2018, então é normal que em 2019 ainda houvessem muitos registros desse modelo.

E a história do Karma, como vocês sabem, é cheia de tropeços, mas o que vocês não sabem é como ele surgiu.

GoPro Karma

Em 2014, a GoPro começou a conversar com a DJI para desenvolver um novo drone pra ser vendido com a marca da GoPro. A DJI, que não é burra nem nada, recusou a benevolente oferta da concorrente pois nessa época ela já vendia o Phantom 2 Vision +, que já vinha com uma câmera da própria DJI. Engraçado que enquanto os drones da DJI vinham só com suporte pra colocar uma GoPro, a GoPro não queria fazer drone nenhum.

Aí depois do fracasso dessas negociações, a GoPro firmou um acordo com a 3D Robotics para uma parceria semelhante baseada nas controladoras de vôo deles, e aí tudo deu certo e finalmente parecia que a coisa ia decolar. Mas a 3DR, que tinha lá os seus próprios problemas, não cumpriu os prazos combinados, e como resultado disso, a GoPro assumiu o controle total do processo de desenvolvimento em meados de 2015.

GoPro Karma

Aí depois de alguns atrasos, o Karma foi lançado em 2016, começou a despencar do céu por causa de um defeito de projeto e cumpriu a professia do próprio nome causando um prejuízo absurdo pra GoPro que decidiu dar fim a ele em 2018.

Interessante citar que depois do recall ele se tornou um drone bastante interessante e tem usuários fiéis até hoje.

6. 3D Robotics 1,5%

E por falar em 3D Robotics, olha ela aí na sexta colocação com 1,5%. Pra quem não conhece essa empresa, saibam que ela já foi uma das queridinhas do mercado, parecido com o que a Skydio é hoje, e em Abril de 2015 lançou um drone também inovador chamado Solo, que segundo muitas publicações era o drone mais avançado da época, e iria colocar um ponto final na liderança da DJI.

3DR Solo

E vocês lembram que a gente falou ha pouco da parceria da 3DR com a GoPro? Então, apesar dos problemas a parceria se manteve e o Solo foi totalmente desenvolvido pra funcionar com a GoPro, tanto que vinha com uma interface que permitia cotrolar totalmente a câmera a partir do rádio do drone.

E a 3DR confiava tanto no Solo que resolveu oferecer uma garantia absurda pra ele. Se tu não gostasse do drone, tinha 30 dias pra devolver e pegar o dinheiro de volta, sem perguntas. E se ele desse algum defeito em vôo eles te dava um drone novo.

Mas o Solo não foi suficiente pra garantir do futuro da 3DR, que em 12 meses passou de uma startup líder do setor de drones nos EUA para uma empresa decadente lutando pra sobreviver. Isso, segundo especialistas foi resultado de uma má administração, projeções otimistas demais e uma estratégia baseada equivocadamente em um drone condenado.

Mas porque condenado?

Lembram quem foi que matou o Q500 da Yuneec, que também tinha sido lançado nessa época? Pois é. O Phantom 3 foi o algoz de muitas empresas de drone e em grande parte responsável pela vantagem competitiva que a DJI tem hoje.

Como resultado desse fracasso, a 3D Robotics demitiu mais de 150 pessoas, gastou quase US $ 100 milhões em financiamento de capital de risco e mudou completamente sua estratégia de negócios, focando seus esforços em soluções para o segmento corporativo.

7. Holy Stone 0,8%

Em sétimo lugar, com 0,8% temos essa tal de Holy Stone que acabou de deixar as coisas um pouco estranhas. Que raio de empresa é essa?

Bom, eu também nunca tinha ouvido falar dela, mas ela foi fundada em 2014 lá na China e segundo o que eu li fabrica diversos modelos populares de drones com precinhos que qualquer um pode pagar.

Holy Stone F181C

Entre esses modelos estão o F181C e o HS170 Predator que como dá pra ver são dronezinhos bem simples com motores escovados e sem maiores efeitos especiais. Além desses ela também oferece modelos um pouco mais sofisticados como o HS700D que conta com GPS, câmera 2K e motores brushless. O preço é um pouco salgado, já que com esse valor dá pra comprar um Eachine EX4 que tem câmera 4K e principalmente gimbal de 3 eixos pra estabilizar o vídeo.

Mas aparentemente lá nos EUA essa marca é bastante famosa entre os drones bons e baratos.

8. Autel 0,8%

Em oitavo lugar, em um empate técnico com a Holy Stone está a Autel Robotics, que assim como a 3D Robotics é uma empresa norte americana que produz drones de excelente qualidade. Assim como muitas outras ela também foi fundada durante o boom de 2014 e em 2016 ela lançou o X-Star Premium, um drone de apenas 599 dólares com recursos bastante interessantes pra quem busca um drone de entrada.

Autel X-Star Premium

Já em 2018 durante a CES foi apresentado o Autel Evo, que muitos já conhecem. Ele vinha com uma cÂmera 4K montada em um gimbal de 3 eixos, era capaz de voar por até 30 minutos e voar por uma distância de até 7Km.

Autel Evo 2

Agora em 2020 foi apresentado também o impressionante Evo 2, com câmeras intercambiáveis e especificações capazes de causar inveja até ao todo poderoso MAvic 2. É claro que ele não contribuiu em nada pra essa péssima oitava colocação da Autel já que o seu lançameto era previsto pra Janeiro de 2020 mas por causa de um bug de software encontrado na última hora as vendas só devem começar em algum momento de março mesmo.

  1. SenseFly 0,3%

Em nono lugar com 0,3% está a SenseFly, que na verdade é uma empresa da Parrot, fundada em 2009 e é líder no segmento de drones pra mapeamento. Além de soluções completas pros segmentos de aerolevantamento e agricultura de precisão também oferece os drones da linha eBee, câmeras de alta qualidade e softwares específicos para esses segmentos.

SenseFly Ebee

É importante lembrar que a SenseFly sequer atua no segmento de drones pra consumo e ainda assim está nesse top ten de drones com maior número de registros em 2019, e isso com certeza é um detalhe digno de ser observado.

10. Kespry

E por último, em décimo lugar e empatada com a SenseFly com 0,3% está outra desconhecida com nome de anti-víruls, a Kespry, que é baseada na Califórnia. E assim como a Sensefly ela também é uma empresa de nicho, especializada em capturar e analisar imagens aéreas. Entre os clientes deles estão empresas de mineração, construção, seguros e indústria.

Kespry Drone 2.0

Segundo a empresa, o que diferencia ela da concorrência é a capacidade do seu drone de voar em condições de vento bastante severas, por mais tempo e por utilizar câmeras de resolução muito maior.

Então vejam pessoal que ao mesmo tempo que nos deparamos nessa lista com nomes inusitados como uma fabricante de drones populares e duas empresas de nicho, também sentimos falta de nomes importantes como Skydio, Freefly, Fimi, Hubsan e porque não, Eachine.

A Skydio é uma empresa bem recente e Freefly vende alguns dos drones mais caros do mercado, mas será que a turma do FIMI, Hubsan e Eachine não gostam de registrar seus drones lá na FAA? Ou será que realmente vendem menos que os drones da Kespry?

Os números são oficiais, e eu não tô aqui pra julgar. Mas que é intrigante é. Deixe aí nos comentários a tua opinião e vamos ver como essa estatística aí se comporta em 2020.

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